Cherreads

Chapter 43 - Considerações Antes da Batalha 2

Todos paramos e pensamos. Por vários minutos ninguém falou nada.

Depois doque parecia uma eternidade o senhor Piqval levantou lentamente a mão.

– Não sou nenhum estrategista mas acho que tenho uma ideia de como fazer as coisas melhorarem para nós.

Ninguém falou nada só esperando que ele continuasse.

– Antes deu contar quantos de vocês tem alguma richa ou descontentamento pelo Barão?

Todos, literalmente todos, levantaram as mãos. A senhorita Yaou em particular tinha um olhar mórbido que me assustou mais que o urso negro que as vezes aparecia.

– E quantos de vocês estão dispostos a por vidas inocentes em risco, ou mata-las, indiretamente?.

Nisso todos abaixaram as mãos, bom, exceto nosso cavaleiro errante e a senhorita.

– Acham que podem aguentar isso dessa vez. Pra deixar claro minha ideia não vai concerteza matar, mas vai deixar essas pessoas muito mais próximas do perigo que gostaríamos.

Senhorita Yaou e o cavaleiro continuaram com as mãos levantadas enquanto nós nos olhamos, silenciosamente sentimos e levantamos as mãos também.

****************

(Do lado dos cavaleiros do Barão)

– Então o plano é só deixar eles limparem o caminho e depois irmos pegar o frutos do trabalho?

Hangal perguntou para seu comandante, um dos magos que se juntaram a seu esquadrão.

– A grosso modo sim. – O velho comandante respondeu.

– Mas não é apenas isso.

Hangal bufou com desdém óbvio.

'É claro que esse malditos encapuzados não iam se contentar em apenas esmagar a honra de um cavaleiro.'

Não que Hangal pudesse dizer muita coisa, mesmo com quase 50 anos ainda não conseguia sair do 3° rank, ou melhor não podia. Mas diferente de Diem, o mestre de Connor ou Kamila a "recepcionista" que chegaram há um "muro", no caso dele foi total descaso com o próprio talento.

Hangal poderia ter chegado até o 5° rank (por volta do nível 60) se tivesse se dedicado, mas uma vez que chegou ao 3° passou a usar a fama de caveliro e sua força para fins nada cavaleirescos. Em um dia em que ele estava aproveitando suas indulgências ele não percebeu que sua bebida tinha sido batizada com veneno extremamente potente que acabou por desestabilizar as linhas de Aether que ele tinha.

Quando se é jovem 3°rank é uma benção, mas quando se envelhece se torna uma maldição por motivos óbvios. A sorte dele foi que isso aconteceu depois dele ter jurado sua espada ao Barão. E como pássaros da mesma cor tendem a se juntar junto há ele vários outros cavaleiros meio problemáticos mas ainda capazes foram chegando com o tempo.

O modo de pensar do Barão podia ser visto olhando seus cavaleiros. Pra que gastar muito com qualidade quando a quantidade pode ser uma qualidade, mesmo que fosse uma junção de extraviados pouco melhores que mercenários.

Por isso a reclamação interna de Hangal não era sincera, somente um motivo para reclamar do velho que tinha que obedecer.

– Por favor senhor, ilumine nossas debeis mentes com sua sabedoria. – Hangal disse com desdém óbvio.

Mas incrivelmente, o mago não fez nada para retalhar. Ou melhor não podia mesmo querendo, e muito.

Magos são respeitados, adorados e temidos onde quer que fossem no reino ou mesmo nesse continente por sua escassez, mas isso não os torna isentos de certas normas.Sendo a principal a de mostrar resultados.

A ordem que o velho comanda de fazia parte já tentou uma expedição e falhou. Mesmo que tenham sido com integrantes de baixo nível, uma falha ainda é uma falha, e eles ainda foram uma das primeiras ordem a ouvir falar da Provação e fazer os testes iniciais.

Conseguir um monipolío desse lugar seria imensamente vantajoso sob qualquer perspectiva e ainda assim os líderes de sua ordem mandaram integrantes de baixo rank para uma tarefa importante. Tentaram compensar com recurso humano ao contratar mercenários e fazer uma parceria com o Barão para algo que deveria ser facil, e acabaram literalmente queimando dinheiro com isso.

Sua ordem não era grande mas também não pequena e a quantidade de investimento da Barão certamente não foi pequena. Então mesmo querendo incendiar o "jovem" que mostrava grande desrespeito por sua posição o comandante não podia fazer nada para piorar a situação de sua ordem para com o Barão.

Não ainda pelo menos.

Exalando lentamente ele olhou para os poucos presentes.

– Muito bem, a ideia é simples, e vocês já devem ter adivinhado o grosso dela. Nós vamos deixar que os plebeus mais acostumados a interagir com as criaturas da Provação cuidem dos demônios verdes—

– Na verdade eles são chamados de goblins senhor.

Um cavaleiro recém saído do serviço de escudeiro falou, oque lhe rendeu um olhar gélido do mago. Ele imediatamente engoliu em seco e se calou.

– Como eu estava dizendo. Vamos deixar que eles lidem com o goblins enquanto nós vamos nos dividir e circular o combate. No momento em que os goblins começarem a fraquejar nos entramos.

– Os magos junto comigo vamos fazer chover nas cabeças dos goblins e plebeus, eliminamos o máximo possível. Os escudeiros e servos se encarregaram de pegar os itens que eles deixarem, enquanto os cavaleiros se encarregaram do despacho dos que ainda estiverem vivos.

Disse sucinto, para espanto de zero, ou quase zero, dos presentes.

– É–É–É, b-b-bem senhor... e quanto aos outros?

O mesmo cabeleiro jovem perguntou.

– Que outros?

– O-os outros quem vieram junto dos plebeus. O-oque devemos fazer com eles?.

Não só o mago, os demais "companheiros" do jovem o olharam como se dissessem: você é idiota ou oque?

– Da última vez que minha ordem veio aqui, menos daetade dos servos e não combatentes conseguiu voltar. Dos vários grupos que entram na Provação, algumas vezes nenhum dos que foi volta.

O velho mago disse lenta e claramente.

– Portanto, todos os não combatentes, não voltarem também é algo possível. Certo, criança.

Sob o olhar penetrante do mago, o olhar de escárnio de Hangal, o misto de zombaria com exasperacao dos demais foi mais que o suficitenpara fazer o jovem ficar quieto e abaixar a cabeça.

– Ah! Mas mestre mago, o jovem levantou uma boa questão. Assim como o senhor disse não é impossível que todos acabassem morrendo na luta contra os demo– hhuuhhuuh, desculpem, contra os goblins.

Outro caveliro quase da mesma idade de Hangal disse.

– Sendo assim... Se alguns sumissem e seus corpos não fossem achados. Quem poderia dizer que eles não foram comidos pelos goblins ou outras criaturas deste lugar?.

A insinuação doque o "cavaleiro" quis dizer eram bem óbvias. Se os aldeões que vieram com os plebeus que iriam lutar, fossem morrer de qualquer jeito, porque não pegar alguns e fazer algumas moedas.

Estritamente falando o jovem não se opunha a esfaquear os plebeus que lutavam pelas costas. Mas não parecia muito animado com a perspectiva doque aconteceria com os não combatentes.

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