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Prólogo - Guerra Silenciosa

📖 Prólogo – Guerra Silenciosa

Ninguém sabia quando começou.

Não foi uma guerra com tanques nas ruas, aviões nos céus e bandeiras em chamas.

Foi mais sutil. Mais silenciosa.

Começou nas entrelinhas dos tratados. Nos olhares desviados nas reuniões de cúpula.

Começou quando os governos entenderam que as guerras modernas não seriam vencidas com exércitos — mas com informação, controle e silêncio.

Foi assim que nasceram as duas academias.

Nox, no lado oculto do governo central.

Oficialmente, não existe.

Treina seus agentes nas sombras, desde crianças esquecidas pelo sistema: órfãos, descartados, invisíveis.

Desses, poucos sobrevivem.

Menos ainda se tornam assassinos.

E apenas os melhores chegam à Academia.

Desses, um número se destaca.

Mas há quem não tenha número.

Há quem esteja acima da contagem.

Há uma sombra que não pode ser classificada.

**

Do outro lado, surgiu a Umbra.

Menos militar, mais sofisticada.

Uma fachada de centro de pesquisa, desenvolvimento e inteligência.

Seu foco não está apenas em informações — mas em manipular a própria natureza humana.

Na Umbra, a guerra é feita com dados. Com genética.

Com experimentos escondidos em laboratórios subterrâneos, longe da vista da mídia e da moral.

A Umbra não mata.

A Umbra constrói.

E o que está sendo construído... não é totalmente humano.

**

Entre essas duas forças, há uma ponte.

Ou talvez, uma falha no sistema.

Uma jovem sem passado, sem nome.

Que atende por Zero.

Ou por Lua.

Depende do lado em que você estiver.

Ela é a sombra da Nox.

E a promessa da Umbra.

Ela mata por um lado, sorri pelo outro.

E guarda para si aquilo que nenhum dos dois ainda percebeu:

Ela não pertence a nenhum deles.

E quando a guerra vier — e ela virá —

Zero decidirá de que lado está.

Ou se algum lado merece existir

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